Grupo Neurofocus
Exercício terapêutico para momentos de desespero
OBJETIVO DO EXERCÓCIO
Reconhecer através da propriocepção o lugar do corpo onde o desespero se instala para através de um tipo específico de respiração diminuir esse sentimento.

O QUE É O DESESPERO?
Derivada de “spes” (esperança, em latim), a palavra “sperare” (esperar), com o prefixo “de”, significando falta, a palavra “desespero” tem o significado de perder a esperança.
Pode ser gerado por um estímulo ambiental percebido como sendo superior aos próprios mecanismos de adaptação.
É visto como uma ameaça à integridade física desencadeando operações mentais complexas que formam ideias próprias, individualizadas com pouca conexão com a realidade. É uma resposta afetiva diante de situações difíceis, onde não é encontrada uma saída. As sensações relatadas são visão turva, audição seletiva, diminuição da capacidade respiratória, boca ressecada.
Quando esse sentimento se repete muitas vezes e não existe uma relação com a realidade é associado a alguma patologia como a síndrome do pânico, transtorno obsessivo compulsivo, transtorno do estresse traumático, esquizofrenia, transtornos graves do humor.
O EXERCÍCIO
Sentar-se numa cadeira que dê para colocar os pés no chão. Apoiar os dois cotovelos sobre cada um dos joelhos. Juntar as mãos, sustentando a testa e a cabeça. Fechar os olhos, inspirar fortemente, duas vezes seguidas pelo nariz e espirar uma vez pela boca.
Duração: de 3 a 5 minutos
RESULTADOS
Pacientes que fizeram o exercício: 237
Diminuição: 142
Desistência: 32
Em tratamento: 7
DISCUSSÃO
Através da teoria do processo do oponente, modelo que vê dois componentes como pares que são opostos um ao outro, de tal forma que se um componente for experimentado, o outro componente será reprimido, procuramos um exercício respiratório que seria oposto a forma de respiração durante o desespero. Seguindo esse modelo teórico onde um aumento na dor trás uma diminuição no prazer, e uma diminuição na dor leva a um aumento no prazer ou alívio da dor, vimos que o aumento rápido do oxigênio no cérebro poderia resultar em uma diminuição do desespero. Através de alguns relatos dos samurais optamos pela adaptação de um exercício praticado por eles antes da prática do seppuku (haraquiri) e das batalhas. Nossa hipótese era que a calma sentida depois do exercício devia-se ao aumento do oxigênio no cérebro. Foi usado um oxímetro para as medidas iniciais, onde foi visto um aumento da oxigenação cerebral.
CONCLUSÃO
Para Goleman as explosões emocionais são sequestros neurais. A amígdala, um centro no sistema límbico, detecta uma emergência e recruta o resto do cérebro para o seu plano de emergência. Enquanto a amígdala prepara uma reação ansiosa e impulsiva, e nem sempre a mais adequada, outra parte do cérebro emocional possibilita uma resposta mais reflexiva e mesmo corretiva.
Quando esse exercício é praticado o cérebro pensante entra em ação permitindo uma diminuição do desespero e uma clareza do que está acontecendo.